Todas as atenções estavam voltadas para Arsenal e Milan nesta terça-feira de rodada da Liga dos Campeões da Europa. No entanto, no Estádio da Luz, Benfica e Zenit São Petersburgo também decidiam uma vaga nas quartas de final da competição mais importante do continente europeu. O jogo não foi tão empolgante quanto a outra partida do dia, mas para a torcida local o gol único de Maxi Pereira no fim do primeiro tempo já estava de ótimo tamanho - e tudo ficou ainda melhor quando Oliveira ampliou já nos acréscimos da etapa final : o Benfica venceu o Zenit por um simples 2 a 0 e garantiu sua classificação à próxima fase da Champions.]
A vaga ficou com os benfiquistas graças à soma de resultados dos dois jogos. O time foi derrotado por 3 a 2 na Rússia, na partida de ida, e por isso precisava apenas de uma vitória simples para carimbar seu passaporte para as quartas de final. Ou seja, o segundo gol, já no finalzinho do confronto, não era nem necessário - apesar de ter feito a torcida dos Encarnados vibrar ainda mais. Agora, resta ao time do técnico Jorge Jesus aguardar o sorteio do próximo dia 16 de março para saber quem vai enfrentar na etapa seguinte do campeonato.
Maxi Pereira e Witsel vibram, com torcedores festejando ao fundo: Benfica classificado (Foto: Reuters)
Os minutos iniciais de jogo foram animadores para a torcida local. Com mais posse de bola e uma escalação ofensiva, o Benfica se mostrou disposto a deixar o clássico do último final de semana contra o rival Porto, pelo Campeonato Português, para trás. Aos 14 minutos, o brasileiro Bruno César arriscou de fora da área e só não abriu o placar porque Malafeev fez grande defesa. Porém, os Encarnados pararam por aí e o que se viu nos 30 minutos seguintes foi um jogo sonolento e sem muita inspiração de ambos os lados.
Alívio benfiquista no fim do primeiro tempo
O time anfitrião até manteve a maior posse de bola, chutou mais vezes a gol, porém não assustou a meta do Zenit. A equipe russa, por sua vez, mantinha-se postado no campo de defesa, apostando apenas nos contra-ataques e torcendo por um erro português. Isso aconteceu aos 42 minutos, quando Shirokov teve boa chance de marcar após falha de dois brasileiros: o goleiro Artur e o zagueiro Luisão, mas devolveu o presente ao chutar fraco nas mãos do arqueiro benfiquista.
Gol no fim do primeiro tempo garantiu vantagem ao
E como quem não faz, leva, o castigo veio rápido. Três minutos depois, Witsel tabelou com Bruno César e chutou forte, de dentro da área. Malafeev espalmou, mas o rebote voltou para Witsel, que ajeitou de calcanhar para Maxi Pereira empurrar para o gol praticamente vazio e abrir o placar, dando a vantagem ao time da casa nas eliminatórias.
Precisando fazer gols, o Zenit mudou sua filosofia de jogo na etapa final. Prova disso é que logo o zagueiro Bruno Alves foi sacado para a entrada de Lazovic. A alteração, no entanto, acabou sendo um tiro no pé.
Afinal, o time ficou mais aberto e deu espaços para os rápidos contra-ataques puxados pelo Benfica, que passou a ser mais perigoso, especialmente com Cardozo. O segundo gol parecia ser apenas uma questão de tempo - e foi. Demorou, é verdade, mas o golpe final saiu já nos acréscimos: Bruno César rolou para Nelson Oliveira tocar na saída do goleiro e fechar o caixão dos russos: 2 a 0.
No fim, cachecóis vermelhos girando no ar, Jorge Jesus pulando no banco de reservas e a certeza de que, se por um lado o Porto dificultou as coisas para o Benfica no Campeonato Português, nas competições europeias os Encarnados vivem, enquanto seus grandes rivais já estão eliminados.
| Artur, Emerson, Luisão, Jardel e Pereira; Bruno César, Garcia, Gaitán (Matic) e Witsel; Rodrigo (Nolito) e Cardozo (Oliveira) | Malafeev, Anyukov, Bruno Alves (Lazovic), Criscito e Anyukov; Bystrov, Hubocan, Kerzhakov e Zyryanov (Fayzulin); Semak e Shirokov |
| Técnico: Jorge Jesus | Técnico: Luciano Spalletti |
| Gols: Maxi Pereira aos 42 do primeiro e Oliveira aos 45 do segundo tempo | |
| Cartões amarelos: Oliveira e Garcia (BEN), Anyukov e Denisov (ZEN) | |
| Arbitragem: Howard Webb (ENG), auxiliado por Michael Mullarkey (ENG) e Stephen Child (ENG) | |
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